A craniostenose é afecção conhecida desde Hipócrates; entretanto, somente há pouco mais de 100 anos é que Virchow a conceituou corretamente. As tentativas de terapêutica cirúrgica, iniciadas em 1888, foram bem padronizadas a partir de 1920. Adotamos classificação baseada na(s) sutura(s) atingida(s) e na existência, ou não, de malformações associadas. Evitamos, assim, o uso de numerosos têrmos que têm sido empregados de maneira confusa. Nossa casuística consta de 40 casos examinados de 1959 a 1964. Analisamos, de maneira especial, 25 doentes operados que, de acôrdo com o tipo de craniostenose, ficaram assim distribuídos: obliteração precoce da sutura sagital (10 casos), obliteração precoce da sutura coronária (4), obliteração precoce das suturas sagital e coronária (2), obliteração precoce da sutura metópica (2), obliteração precoce unilateral da sutura coronária (3), obliteração precoce unilateral da sutura lambdóide (1), síndrome de Apert (2), doença de Crouzon (1). Analisamos o quadro clínico-radiológico e a terapêutica cirúrgica dos diversos tipos de craniostenose. Ultimamente alguns autores contra-indicam a operação em doentes com apenas uma sutura fechada prematuramente. Continuamos a indicar a cirurgia precoce, com fins profiláticos, mesmo nestes casos. Acreditamos que a operação, realizada nos primeiros meses de vida, além de evitar possíveis seqüelas, é menos traumatizante e determina melhores resultados estéticos. O método ideal a ser empregado para evitar a recidiva não nos parece resolvido. O revestimento das bordas ósseas com tântalo, polietileno ou silicone, além de não fornecer os resultados esperados, apresenta riscos inerentes ao uso de corpos estranhos. Os líquidos utilizados para diminuir a atividade osteoblástica do periósteo ainda não estão suficientemente estudados.
Craniostenosis is know since Hippocrates but its pathology began to be correctly understood only a hundred years ago, with Virchow's papers. Surgical attempts for its treatment started in 1888, and were well standardized since 1920. In order to avoid some confuse expressions used in the literature the authors employed the classification based on the affected suture and the associated malformations. From 1959 until 1964 40 patients were examined, and 25 of them were surgically treated. These cases were specially analysed and regarding its type they were divided as follows: premature fusion of the sagital suture (10 cases), premature fusion of the coronary suture (4), premature fusion of the sagital and coronary sutures (2), premature fusion of the metopic suture (2), unilateral premature fusion of the lambdoid suture (1), Apert's syndrome (2), Crouzon's disease (1). Clinical, radiological and therapeutic aspects of each type were commented. Recently, some authors do not indicate surgery in cases with only one fused suture. We will continue to indicate early surgery with prophylactic aim, in such cases. We believe that the surgery in the earliest months not only prevents sequels, but is less traumatic and leads to better plastic results. There is not a good technique to be employed with the aim of preventing bone regeneration and re-establishment of craniostenosis. We obtained unsatisfactory results with the lining of the bone edges with polyethilene or silicone. In some cases the newly formed bone grew over the plastic material and re-established the craniostenosis. In two cases the plastic material had to be removed because of local infection. It is not yet an established fact that the use of special solution can avoid the periosteum osteoblastic activity of the periosteum. We have no personal experience with these solutions and intend to test them from now on.